quarta-feira, abril 02, 2008

Culminar deste sentimento

Aquilo que se move, aquilo que me guia, embala o meu pensar. Uma espécie de formigueiro que me consome, quando o teu toque me abraça. Uma espécie de arrepio que prende o respirar quando o teu beijo cela os meus lábios. Uma espécie de céu que se desfaz no teu olhar. Num acto de loucura em que o mundo fica lá fora, só o olhar, o toque, tu e eu fazem deste momento o culminar de um sentimento tão fugaz, tão intenso, como é este…uma espécie de Amor!


Porque as palavras permanecem e o dito se esbate….

sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Mágoa

Ontem sentei-me no tapete do meu quarto e sorri! Percebi que posso ser feliz em cada pormenor que a vida me concede. Arquitecto o pensamento de forma a fortalecer o meu corpo e a minha mente. O meu olhar percorre cada canto, cada parede, cada espaço vazio do meu refúgio e num toque de magia uma lágrima rola, o sorriso dissipa-se. Num instante o meu olhar quebra-se na flor azul que figura no tapete e a minha mente questiona-se no porquê, nos porquês que me perseguem, até mesmo quando desejo não ter que pensar.
Repito e volto a repetir que sou feliz, que sou única, que sou especial. Mas no meu interior uma dor imensa absorve o meu ser. Aperta no meu coração, faz doer o meu peito, paralisa a minha mente e prende o meu sorriso. Sei que esse não é o meu verdadeiro eu, mas por momentos arrasto-me na corrente deste pesar, que arde a cada soluço. Procuro encontrar a razão desta dor, pretendo que ela passe despercebida nos olhares que os outros projectam em mim. Porque afinal, eu não sou assim, eu não choro, eu não sinto dor, eu não me magoo. Vivo de sorrisos que não deixam transparecer a fragilidade que por vezes me assombra.
E é assim que hoje me sinto…desiludida, com uma dor que não posso deixar que os outros vejam, que os outros sintam. Procuro desabafar com as palavras, com os rascunhos que vou desenhando nesta folha branca. Mas… apenas surge a vontade de gritar ao mundo para que esta dor desapareça e eu continue a ser quem sou, um sorriso onde a dor finge não habitar!

terça-feira, outubro 02, 2007

Corrine Bailey Rae - Like A Star


Just like a star across my sky,
Just like an angel off the page,
You have appeared to my life,
Feel like I'll never be the same,
Just like a song in my heart,
Just like oil on my hands,
Oh.. I do love you,

Still i wonder why it is,
I don't argue like this,
With anyone but you,
We do it all the time,
Blowing out my mind,

You've got this look i can't describe,
You make me feel like I'm alive,
When everything else is a fade,
Without a doubt you're on my side,
Heaven has been away too long,
Can't find the words to write this song,
Oh.,..Your love,

Still i wonder why it is,
I don't argue like this,
With anyone but you,
We do it all the time,
Blowing out my mind,

I have come to understand,
The way it is,
It's not a secret anymore,
'cause we've been through that before,
From tonight I know that you're the only one,
I've been confused and in the dark,
Now I understand,

I wonder why it is,
I don't argue like this,
With anyone but you,
I wonder why it is,
I wont let my guard down,
For anyone but you
We do it all the time,
Blowing out my mind,

Just like a star across my sky,
Just like an angel off the page,
You have appeared to my life,
Feel like I'll never be the same,
Just like a song in my heart,
Just like oil on my hands

sábado, abril 21, 2007

....Esquecer...Relembrar

O viver não é senão o cair na desilusão do pesar. Sobrevivi a grande parte das quedas, mas esta foi sem dúvida a mais dura. Evito lembrar o que não consigo esquecer, mas não é fácil…não é fácil ignorar que a porta atrás de mim se fechou e desta vez para se trancar!Não foi em vão que o sussurrar de palavras demasiado doces chegaram até mim; a pouco e pouco deixei-as caminhar na direcção mais apaixonada. E sem qualquer receio, a sua chegada foi recebida com um sorriso, que embora demorado, permanece até hoje. Percebo que a minha espontaneidade superou a minha racionalidade e que me venceu de forma triunfal. Agora procuro correr, mas não me empenho em fazê-lo… Estive na meta, abdiquei, permaneci no precipício; e caí!!! É duro… é duro olhar para trás e percepcionar o outro lado. Pensar que o passado é um erro e que o presente não vive senão desse mesmo erro… Vasculho em mim as memorias que mais me magoaram, mas apercebo-me de que nada me magoou mais do que o sentimento que por mim entrou. Os momentos, os sorrisos, os toques, os beijos, até aquela falta de jeito em abraçar-me, em tocar-me no cabelo…, tudo, tudo foi bom!! E embora doa, tudo isto fez parte de mim, tudo isto eu vivi. E não posso permitir que uma lágrima, uma ira tal destrua a complementaridade de cada momento.A porta fechou… Mas as janelas continuam entreabertas, na procura de um refúgio, de uma palavra de consolo que por ali voe…Será afinal que o viver é o cair na desilusão do pesar?... Ou uma réstia de todos os instantes que vivemos e queremos abrigar em nós?...

Posso desejar?!

Perdi me por entre as vozes que se assombram no meu pensamento. Quem sou?... Não sei! Quem quero ser….

Quando nos apercebemos que estamos sós caímos no abismo, desejamos ter alguém, desejamos o desejo de ser amados, desejamos ser outro ser! A vida revolta-nos. O mundo parece ter desabado. O sentido de existir simplesmente…não existe!
Quando nos apercebemos que não estamos sós, mas queremos estar? Desejar não ouvir um gosto de ti, justamente porque por detrás dessa frase existem duas dores…a dor de quem não pode amar e dor de quem não é amado. Sinto-me doente nos momentos em que a vida me concede a oportunidade de ser feliz, e a minha obsessão não o permite.. Bem sei que o meu viver é construído de incertezas. Mas neste momento a minha única certeza é que não sou feliz!!


O vento sopra-me ao ouvido à espera de uma resposta que não consigo encontrar. Desejava que ele me amasse, que ele me fizesse sentir que a vida vale a pena só porque nós existimos e estamos juntos! Sinto-me ridícula nos instantes em que simplesmente não há uma troca de olhares, de palavras, de sorrisos…Apenas actos, sem sentimento!
Mereço?! Mereço saber que há alguém que me deseja, que me pode fazer feliz e eu continuo a teimar num alguém que nunca me fará feliz?
Dói…hoje mais que ontem! E amanha vai doer mais que hoje…! Posso permitir que o sentimento que nutre em mim, continue a magoar-me?! Como é que abrando um sentir dual que só persiste em mim?


Porque às vezes o coração não pode comandar a vida…é tempo de recomeçar!

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Porque....!

Porque a vida é feita de lágrimas e sorrisos
Porque anoitece e amanhece
Porque odiamos e amamos
Porque caímos e nos levantamos
Porque sofremos e somos felizes
Porque um dia foste o meu ser
E hoje és somente o meu rasto!....


Porque batalhei, tremi, menti…?
Porque te quis, te tive e adorei…?
Porque te perdi, chorei e sofri…?


…Que raio de actor ilusório nos leva a pecar?
…O amor…porque um dia te amei!

Tempo.....

Sem tempo para tudo o que mais tenho saudades….





Apetece-me respirar o odor do mar, caminhar sem rumo por aí, rir com os meus amigos… Tenho saudades de ser criança, onde o tempo não existia como obstáculo, onde a vida era um carrossel em constante movimento, onde tudo era partilhado. As alegrias, as birras, os carinhos… Hoje acordei melancólica e saudosa por tempos que vivi sem pensar que o tempo podia condicionar todas as minhas acções. Neste instante, penso exactamente o reverso, as minhas acções são condicionadas pelo tempo em cada momento.




Um dia ainda hei-de parar o tempo que o tempo me proíbe de viver!!!

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Deliciando os momentos!

Planei no sabor do vento. Escondi a verdade do passado e habitei numa imensidão de cruzeiros. Desconheci. Previ. Sorri no horizonte quando me apercebi da metafísica latente existente no olhar de tudo o que sempre desejei e procuro viver. Apercebo-me que estou sentada numa plataforma onde o chão é o ponto invisível do meu olhar. Recolho no meu hemisfério as palavras, o toque do que me rodeia. Não procuro a cidade com o melhor sol ou a pessoa com o melhor sorriso. Vagueio na simplicidade dos passos, e caminho de mão dada, numa enorme intimidade, com o vazio. Sempre o ignorei e agora aqui sentada socorro-me dele na partilha de segredos, e de sorrisos que timidamente e de forma prepotente procuro disfarçar.
O voo continua; contudo não me sinto a voar. Sentei-me na nuvem mais convidativa e adormeci. Chorei o passado por não ter sabido como o aproveitar, mas sobrevivi no vasto costume do que é a vida. Não pretendo retratar o fenómeno que é viver ou insistir na descrição do desagrado, da virtude ou do cordial. Procuro voar até à f
elicidade. Sofro do perfeccionismo que está em constante regressão. Absorvo o lado salutar do habitar na Terra e percorro as encruzilhadas dos momentos…dos momentos que valem, de facto, a pena viver.
Quantas vezes quis estar onde não estou! Quantas vezes quis ir onde não fui! Há o desgosto, a desilusão temporária e o mundo continua a girar. Havia que parar, sentar-se comigo e chorar o meu sofrimento! Mas o seu ilusório egoísmo é não só a maneira mais determinante de nos fazer erguer e compreender que só chegamos ao fim quando caímos e nos deixamos ficar deitados. Mas a questão supera-me! Quem quer continuar deitado quando as gotas de água caem na nossa face ou o sol brilha na nossa pele? O mundo é demasiado (im)perfeito para ficarmos a contemplar o caminhar da vida sem nós. Há que correr! A queda é justamente o momento de reflexão que o obstáculo nos proporciona.
Aquele momento! A troca de olhares ou aquele sorriso que significou muito mais do que isso…isso sim faz todo o sentido! Não interessa a cor do vestido que usas mas a cor que ele te faz sentir que usas; não interessa se a chuva te molha quando por dentro o sol habita em ti, não interessa se o mundo te ignora, quando um sorriso significa tudo…naquele momento tu foste, és e serás sempre especial! Somos especiais, daí estarmos aqui. Somos actores do nosso próprio ser e por isso temos de aprender a chorar, a sorrir, a gritar, a lamentar em cada momento de nós! Porque a vida é saborear todos os momentos! E o momento é o contemplar da nossa existência!

segunda-feira, dezembro 11, 2006

...memórias...


O viver não é senão o cair na desilusão do pesar. Sobrevivi a grande parte das quedas, mas esta foi sem dúvida a mais dura. Evito lembrar o que não consigo esquecer, mas não é fácil…não é fácil ignorar que a porta atrás de mim se fechou e desta vez para se trancar!
Não foi em vão que o sussurrar de palavras demasiado doces chegou até mim; a pouco e pouco deixei-as caminhar na direcção mais apaixonada. E sem qualquer receio, a sua chegada foi recebida com um sorriso, que embora demorado, permanece até hoje. Percebo que a minha espontaneidade superou a minha racionalidade e que me venceu de forma triunfal. Agora procuro correr, mas não me empenho em fazê-lo… Estive na meta, abdiquei, permaneci no precipício; e caí!!! É duro… é duro olhar para trás e percepcionar o outro lado. Pensar que o passado é um erro e que o presente não vive senão desse mesmo erro… Vasculho em mim as memorias que mais me magoaram, mas apercebo-me de que nada me magoou mais do que o sentimento que por mim entrou. Os momentos, os sorrisos, os toques, os beijos, até aquela falta de jeito em abraçar-me, em tocar-me no cabelo…, tudo, tudo foi bom!! E embora doa, tudo isto fez parte de mim, tudo isto eu vivi. E não posso permitir que uma lágrima, uma ira tal destrua a complementaridade de cada momento.
A porta fechou… Mas as janelas continuam entreabertas, na procura de um refúgio, de uma palavra de consolo que por ali voe…Será afinal que o viver é o cair na desilusão do pesar?... Ou uma réstia de todos os instantes que vivemos e queremos abrigar em nós?...